domingo, 3 de abril de 2011

Lá fora, a chuva torrencial, sem dó açoita a vidraça e o vento que bate bruto,mostra que o tempo passa. Mas lembranças sorrateiras, trazem de volta madrugadas cenas de um quarto invadido,cuja porta nunca era fechada. ♥ E o moço de olhos falantes, o tempo logo silenciava cobria-lhe o corpo com o seu, e a longa espera encurtava. voz sussurrada ao ouvido, barba por fazer, a pele arrepiava. palavras desconexas, perda do ar, gostos na boca misturava. ♥Sob seu corpo quente a colocava, mantendo-a sua presa. e percebendo seus espasmos, delirava ante a beleza disparava o coração, ante a nudez tão desejada, e a pele quente sobre o sonhado corpo, loucamente tatuava. ♥ Sem tirar os olhos dos seus, tomava-a e alucinava gestos suaves, porém firmes, impetuoso a dominava. as horas passavam assim, no seu peito, protegida e aninhada mas o canto do galo avisa, o sonho amanhece com a madrugada. ♥ Além do gosto do beijo ficou a sensação guardada no peito e o colo crescem, inevitáveis marcas, desse único momento. no silêncio das horas, perto da alma onde o calor é intenso. by:Glória Salles